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Áreas residenciais

A função residencial encontra-se disseminada por todo o espaço urbano. A análise da distribuição e organização das áreas residenciais revela, contudo, a existência de fortes contrastes que evidenciam a classe socioeconómica dos seus  residentes. Destacam-se, na individualização destas áreas residenciais, fatores como o preço do solo, o desenvolvimento dos transportes públicos, a proximidades de vias de comunicação, a qualidade ambiental e paisagística e o prestígio ou a má imagem associados a determinados locais.

 

As classes sociais com rendimentos mais elevados escolhem para residir, áreas mais aprazíveis da cidade com:

-qualidade ambiental e paisagística, com espaços verdes e de lazer e com boa acessibilidade à preços do solo  mais elevados;

- bairros ou moradias unifamiliares ou edifícios de vários andares, aspeto arquitetónico cuidado, materiais de construção de boa qualidade as superfícies amplas;

-comércio pouco concentrado e frequentemente, de luxo;

Fig. 6- Moradia unifamiliar na Avenida dos Combatentes da grande guerra (A) e condomínio de luxo na Avenida da Boavista (B), ambos localizados na cidade do Porto

A classe média ocupa a maior parte do espaço urbano e as áreas residenciais apresentam aspetos muito diversificados:

- blocos de habitação plurifamiliares com uma certa uniformidade do ponte de vista arquitetónico, com materiais de menor qualidade relativamente aos das habitações das classes de maiores rendimentos;

- Localizam-se em áreas bem servidas de transportes públicos, com equipamentos sociais diversificados (escolas e centros de saúde) e comércio de proximidade.

- crescente expansão das áreas residenciais para a periferia, para áreas de boa acessibilidade, principalmente jovens.

Fig. 7- residências plurifamiliares da classe média, nas Olaias em Lisboa                 Fig. 8- Área habitacional na parte oriental da cidade de Lisboa

 

As residências da população mais carenciada ocupam regra geral, os espaços mais degradados e insalubres das cidades, não dispondo por vezes, de infraestruturas (esgotos, água canalizada e eletricidade) nem de equipamentos sociais que forneçam condições de habitualidade condignas.

Este tipo de alojamento pode encontrar-se nas áreas mais centrais da cidade, em imoveis mais degradados que foram sendo abandonados, ou em áreas mais periféricas, ocupando solos expectantes , como por exemplo os bairros de lata, que apresentam construções precárias e ilegais. Constituem com frequência, áreas propícias ao desenvolvimento de atividades marginais, marcadas por problemas de exclusão social.

A erradicação destas formas de habitação tem sido uma prioridade do poder político autárquico, nomeadamente através de bairros sociais. Estes, de construção económica e arquitetura simples, muito semelhantes entre si, pretendem oferecer uma habitação digna e a baixo custo à população mais carenciada.

 

Solo expectante: corresponde a espaços abandonados da cidade, esquecidos ou improdutivos, mas que podem ter um potencial de utilização e transformação muito elevado.

           Fig. 9- Bairro social nos Olivais, em Lisboa

Fonte: Queirós, Adelaide e outros. Descobrir Portugal Geografia A 11.º ano. Porto Editora, 2014

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